Branca, pomba, suja e morta.
quis gritar:- Não! Não me deixa sozinha aqui!
Diante da morte, a sensação indizivel de vacuo.
longe longe: mistério intocado.
Tocou amedrontada as costas da pomba: Dura e gelada,
sem perdão algum.
Assustou-se tanto que chorou.
- Não, pomba! Vai mas me leva também! Não me deixa aqui!
Poba, poba, poba pobinha
Poba poba brincando pelo céu
Poba poba nascendo de ovo
Poba poba poba
trru trru trru
poba poba vivinha da silva poba
trrruuuuu truuu trrruu
ei , poba!
Pode fazer cocô no meu quintal, ta bom?
pode passar carrapato pro meu cachorro.
tudo bem!
mas não vai embora do mundo sem mim
não me deixa pra tras.
poba poba poba trrru trrrru
poba namoradeira
de casalzinho na fiação
poba poba poba cuidado
que equilibrar em eletricidade não é brincadeira
poba poba poba
voando pelo céu,
voando azul e branco
caindo de madura
morrendo de velhice
poba poba
não faz assim
poba sai do ovo
quebra casca
poba namoradeira
trrru trrrru trrrruuuu
pobinha pobinha
enroladinha na toalha
toda tremelicada
toda dura
amanhã não tem folia no quintal.
trrrru trrruuu trrruuu
que saudade da pobinha...
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
Ele correu pelos campos e pelos mares. Pelo céu e pela terra.
Mensageiro de Zeus, voava mais rápido que suas asas. Anunciava, bradava, pedia.
- Hermes chegou! - anunciaram as mulheres - Hermes chegou e te chama, Luz.
A menina loirinha levantou-se, cacheando o chão de dourado.
- Que posso fazer por Zeus? - disse com Ares de velha sábia, acostumada a salvar Zeus de suas encrencas.
- Deixa cair o véu. Vai ao chão e volta. Cai ao peito e sofre. Vive branda o caos. - Anunciou Hermes - Hoje é só.
Hermes ergueu o braço direito aos céus e o esquerdo à terra. Lentamente, levitou do chão e se desmaterializou.
- Que quer Zeus comigo, dessa vez? - Luz penou, feixe de Luz.
E disse, assustando-se com o que escapara involuntariamente de sua boca:
- Como pode, Zeus ? Como pode alguém ter tanto sofrimento no peito a ponto de querer acabar com a própria vida? - E sentiu um arrepio percorrendo a espinha.
Proibiu-se de pensar nas semanas que estavam por vir.
Era menina, dissolveu-se em ondas.
Alumiou.
Amém!
Mensageiro de Zeus, voava mais rápido que suas asas. Anunciava, bradava, pedia.
- Hermes chegou! - anunciaram as mulheres - Hermes chegou e te chama, Luz.
A menina loirinha levantou-se, cacheando o chão de dourado.
- Que posso fazer por Zeus? - disse com Ares de velha sábia, acostumada a salvar Zeus de suas encrencas.
- Deixa cair o véu. Vai ao chão e volta. Cai ao peito e sofre. Vive branda o caos. - Anunciou Hermes - Hoje é só.
Hermes ergueu o braço direito aos céus e o esquerdo à terra. Lentamente, levitou do chão e se desmaterializou.
- Que quer Zeus comigo, dessa vez? - Luz penou, feixe de Luz.
E disse, assustando-se com o que escapara involuntariamente de sua boca:
- Como pode, Zeus ? Como pode alguém ter tanto sofrimento no peito a ponto de querer acabar com a própria vida? - E sentiu um arrepio percorrendo a espinha.
Proibiu-se de pensar nas semanas que estavam por vir.
Era menina, dissolveu-se em ondas.
Alumiou.
Amém!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Pois é, ainda estou aqui
Estive lendo minhas postagens e confesso que me assustei muito. É que esse meu blog acabou se tornando mais íntimo que meus infinitos cadernos diários de escrita. Aqui, eu falei mais claro, mais grosso, mais alto. Nem uma metaforazinha pra disfarçar rs. Fico envergonhada de saber que gritei assim minhas vergonhas pra todo mundo, mas talvez tenha sido por necessidade. Já dizia o ditado de vovó: " Quando mais aperta a palma, mais ela pula pra fora ".
Quem não diz o que precisa na hora certa, fica dizendo várias vezes depois - sem compensar.
Pois bem, com dificuldade me ergo.
Passo aqui agora pra anunciar que vou retormar o blog de um jeito mais literário. Compartilhar, de fato, aquilo que considero minha escrita e minha poesia.
Ultimamente, tenho pensado em levar a escrita a sério. Não tenho intenção nenhuma de mudar ou adequar meu estilo, apenas tenho pensado em me dispor a participar desses concursos que nos oferecem possibilidade de publicação.
Sou muito íntima das letrinhas, desde criança. São poucas as felizes recordações de minha infância que não estão ligadas a universos fantásticos, a poetas malucos. Quando aprendi a ler, virei uma máquina devoradora de livros, e quanto mais devorava, mais queria poder criá-los também. Em menina, escrevi dois livros. No começo da adolescência, outro de poesias.
Pensando agora, não me lembro nunca de ficar sem escrever. Escrever pra mim é quase uma necessidade pra continuar existindo. Também pra complicar a vida.
" Eu sou até feliz, o que me atrapalha é escrever... " C.L.
A questão é que sempre escrevi, por necessidade. Nunca me descobri escritora.
Até a metade desse ano...
não me preocupo com fórmulas e ortografias e coesões articuladas. só escrevo, o resto vem naturalmente.
portanto, me perdoe os possíveis erros. mas não me importo com eles porque as palavras são duplapalavraebarrreira. amigas e víboras...
uma pedra no meio do meu caminho.
amém.
Quem não diz o que precisa na hora certa, fica dizendo várias vezes depois - sem compensar.
Pois bem, com dificuldade me ergo.
Passo aqui agora pra anunciar que vou retormar o blog de um jeito mais literário. Compartilhar, de fato, aquilo que considero minha escrita e minha poesia.
Ultimamente, tenho pensado em levar a escrita a sério. Não tenho intenção nenhuma de mudar ou adequar meu estilo, apenas tenho pensado em me dispor a participar desses concursos que nos oferecem possibilidade de publicação.
Sou muito íntima das letrinhas, desde criança. São poucas as felizes recordações de minha infância que não estão ligadas a universos fantásticos, a poetas malucos. Quando aprendi a ler, virei uma máquina devoradora de livros, e quanto mais devorava, mais queria poder criá-los também. Em menina, escrevi dois livros. No começo da adolescência, outro de poesias.
Pensando agora, não me lembro nunca de ficar sem escrever. Escrever pra mim é quase uma necessidade pra continuar existindo. Também pra complicar a vida.
" Eu sou até feliz, o que me atrapalha é escrever... " C.L.
A questão é que sempre escrevi, por necessidade. Nunca me descobri escritora.
Até a metade desse ano...
não me preocupo com fórmulas e ortografias e coesões articuladas. só escrevo, o resto vem naturalmente.
portanto, me perdoe os possíveis erros. mas não me importo com eles porque as palavras são duplapalavraebarrreira. amigas e víboras...
uma pedra no meio do meu caminho.
amém.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
rasa
pássaro que pensa demais não dá rasante.
arrasada.
amenizada.
alisada.
arreganhada.
abandonada.
adadadadaaadadadadadadadaadadadaada
...
meu universo inteiro não foi suficiente.
meu mundo inteirinho.
meu corpo completo, minha mente e minha alma...
não o suficiente.
pouco,pouco,pouco.
- não, não é isso.
me desculpe minha pequenez
e desculpe mais a minha insensatez
de anão metido a gigante...
mais rasa que um pires...
afogando-me em piscinas de bolinha,,,
faz falta.
apesar de tudo, eu n merecia a insinceridade...
beijo, meu amor passado.
falta consideração
faltou.
adeus
arrasada.
amenizada.
alisada.
arreganhada.
abandonada.
adadadadaaadadadadadadadaadadadaada
...
meu universo inteiro não foi suficiente.
meu mundo inteirinho.
meu corpo completo, minha mente e minha alma...
não o suficiente.
pouco,pouco,pouco.
- não, não é isso.
me desculpe minha pequenez
e desculpe mais a minha insensatez
de anão metido a gigante...
mais rasa que um pires...
afogando-me em piscinas de bolinha,,,
faz falta.
apesar de tudo, eu n merecia a insinceridade...
beijo, meu amor passado.
falta consideração
faltou.
adeus
sábado, 18 de junho de 2011
despessoalização
Cansada... adjetivo tão simples, paupérrimo de explicações. E aqui está nossa personagem.
Palavras embromam-se em sentidos, sentimentos, sensações e nada mais há a ser dito.
Descoisifica-se a palavra... e em vez de relação direta estabelecida com a coisa, não há coisa.
Talvez uma indicação distante de um sei lá o quê a ser descoberto. Uma nostalgia distante de algo que está prestes a acontecer.
Cansada, essa é nossa personagem.
E não queira vce, incauto leitor, associa-la a gênero ou número ou classe sintática, pois não o há. O dito é o novo, a não-palavra... que por ausência de irmã melhor, acaba por empregar o adjetivo em questão a submeter-se a tal ofício.
Entenda as entrelinhas, apenas.
Ignore o texto.
" O que digo nunca é o que digo, mas sim outra coisa. "C.L.
Palavras embromam-se em sentidos, sentimentos, sensações e nada mais há a ser dito.
Descoisifica-se a palavra... e em vez de relação direta estabelecida com a coisa, não há coisa.
Talvez uma indicação distante de um sei lá o quê a ser descoberto. Uma nostalgia distante de algo que está prestes a acontecer.
Cansada, essa é nossa personagem.
E não queira vce, incauto leitor, associa-la a gênero ou número ou classe sintática, pois não o há. O dito é o novo, a não-palavra... que por ausência de irmã melhor, acaba por empregar o adjetivo em questão a submeter-se a tal ofício.
Entenda as entrelinhas, apenas.
Ignore o texto.
" O que digo nunca é o que digo, mas sim outra coisa. "C.L.
terça-feira, 7 de junho de 2011
medo
O que deve ser dito pulala dentro da minha boca. Pede pra sair, pede pra gritar, pede.
Pede.
Peço que seja em vão, a palavra.
Peço que seja em vão.
No vão entre nós dois, que a palavra passe apertada. Que grude em nossos peitos, que mele toda a nossa mão.
E então nós a lavamos. Lavamos o peito, lavamos a alma. Lavamos a mão da culpa de querer ficar juntos sem ter perspectiva de futuro, ou de felicidade.
Somos tão sós de nós mesmos. Tão sós de todos. Somos sós porque queremos...
Não precisaríamos ser assim, tão melodramáticos, tão assustados, tão receosos.
Não quero tua liberdade inteira pra mim, eu quero é ter minha liberdade de sorrir, de amar, de viver.
Deixamos que cada um possa ir pro seu lado da forma que preferir...
e ainda assim juro que nunca me senti tão prisioneira de alguém.
Você que vai embora e deixa sua presença sempre aqui, com milhões de represálias com as quais não sei lidar.
Eu quero você. Só você.
E isso é só por enquanto...
Já acaba já, já vai... não precisa achar que vou te segurar pra sempre.
Por que não pode você me querer desse jeito?
...
Estou sozinha de ti. Sempre sozinha.
Aguentando a barra sem dizer, sem gritar. Só suportando o peso.
Só que assim não aguento, amor. Não aguento mais...
Estou cansadíssima!
Estou a ponto de desmaiar... perder a consciência... cortar as mãos.
Eu e você me ceifa, porque não posso te amar e, no entanto, me sinto incapaz de amar qualquer outro...
Preciso te esquecer. É assim que tem que ser...
Entretanto, sabendo ainda de tudo, quero te dar oportunidade de voz. Só pra eu não me sentir injusta ( embora tenha sido injustiçada) e só pra eu achar que realmente fiz tudo o que eu podia pra que desse certo...
Eu tentei.
Tentei e tento ainda, as vezes.
Mas agora não dá mais...
É questão de força mesmo, sabe como é?
A minha acabou e a sua? nem ao menos começou, não é?
Sabia. Eu sei. Sempre soube.
mas é difícil dizer, e é mais difícil ainda ouvir.
LIBERTAÇÃO.
essa é a minha bandeira, agora.
Pede.
Peço que seja em vão, a palavra.
Peço que seja em vão.
No vão entre nós dois, que a palavra passe apertada. Que grude em nossos peitos, que mele toda a nossa mão.
E então nós a lavamos. Lavamos o peito, lavamos a alma. Lavamos a mão da culpa de querer ficar juntos sem ter perspectiva de futuro, ou de felicidade.
Somos tão sós de nós mesmos. Tão sós de todos. Somos sós porque queremos...
Não precisaríamos ser assim, tão melodramáticos, tão assustados, tão receosos.
Não quero tua liberdade inteira pra mim, eu quero é ter minha liberdade de sorrir, de amar, de viver.
Deixamos que cada um possa ir pro seu lado da forma que preferir...
e ainda assim juro que nunca me senti tão prisioneira de alguém.
Você que vai embora e deixa sua presença sempre aqui, com milhões de represálias com as quais não sei lidar.
Eu quero você. Só você.
E isso é só por enquanto...
Já acaba já, já vai... não precisa achar que vou te segurar pra sempre.
Por que não pode você me querer desse jeito?
...
Estou sozinha de ti. Sempre sozinha.
Aguentando a barra sem dizer, sem gritar. Só suportando o peso.
Só que assim não aguento, amor. Não aguento mais...
Estou cansadíssima!
Estou a ponto de desmaiar... perder a consciência... cortar as mãos.
Eu e você me ceifa, porque não posso te amar e, no entanto, me sinto incapaz de amar qualquer outro...
Preciso te esquecer. É assim que tem que ser...
Entretanto, sabendo ainda de tudo, quero te dar oportunidade de voz. Só pra eu não me sentir injusta ( embora tenha sido injustiçada) e só pra eu achar que realmente fiz tudo o que eu podia pra que desse certo...
Eu tentei.
Tentei e tento ainda, as vezes.
Mas agora não dá mais...
É questão de força mesmo, sabe como é?
A minha acabou e a sua? nem ao menos começou, não é?
Sabia. Eu sei. Sempre soube.
mas é difícil dizer, e é mais difícil ainda ouvir.
LIBERTAÇÃO.
essa é a minha bandeira, agora.
domingo, 22 de maio de 2011
Desistência
Estou cansada demais, amor.
Estou a ponto de entregar as armas, abaixar a bandeira e desistir da luta.
Chega.
Chega de mim e de você.
Chega.
Pela primeira vez na vida, prefiro a paz.
Estou a ponto de entregar as armas, abaixar a bandeira e desistir da luta.
Chega.
Chega de mim e de você.
Chega.
Pela primeira vez na vida, prefiro a paz.
Sobre o fim
Um dia conheci um Ele que recusava-se a viver intensamente as coisas. Ele, no seu enorme medo de arriscar, dizia que a intensidade das coisas não valia a pena simplesmente.
- Não é durável. O intenso começa e acaba de uma vez só. Não dura pra vida. Prefiro o efêmero sem envolvimento. Calmo, sereno, e capaz de fazer com que as pessoas permaneçam.
Ah, mas esse Ele era burro demais rs
Meu amor, tudo sempre acaba. Se perde.
De uma forma ou de outra, haverá um fim pra tudo, sempre.
Cada qual com o seu tempo, cada qual na sua forma.
Permanecer não é questão de intensidade do que foi um dia, é questão de circunstância, questão de confiança, questão de companheirismo. Questão de tantas coisas!
Coisas essas que muito mais facilmente acontecerão se formos ingênuos o suficiente de nos entregar a um alguém que julgamos único e importante.
Ah, mas você é tão medroso!
Tive aqueles namorados, um dia, eu os amei muito. Eu os amei pra sempre naquela época. Queria tê-los sempre comigo... sempre. Importantes, únicos. Marcas da minha vida ontem, hoje e até o fim.
Não mantemos mais contato e foi simplesmente pelas coisas da vida. Mudança de casa, mudança de pensamento, mudança de interesses. Coisas essas que teriam acontecido se eu tivesse os amado eternamente ou se nunca tivesse realmente me envolvido com eles. Se fossem apenas meus amigos, teria acontecido o mesmo.
E pra quê, né?
optar então pela intensidade...?
porque é bom. (:
porque te enche de humanidade. (:
e porque te ensina a aceitar do outro o melhor que ele tem a oferecer
e te ensina a entregar ao outro o melhor que você possui.
porque é bom.
amor não precisa de justificativa, amor se justifica por si mesmo.
e pronto.
- Não é durável. O intenso começa e acaba de uma vez só. Não dura pra vida. Prefiro o efêmero sem envolvimento. Calmo, sereno, e capaz de fazer com que as pessoas permaneçam.
Ah, mas esse Ele era burro demais rs
Meu amor, tudo sempre acaba. Se perde.
De uma forma ou de outra, haverá um fim pra tudo, sempre.
Cada qual com o seu tempo, cada qual na sua forma.
Permanecer não é questão de intensidade do que foi um dia, é questão de circunstância, questão de confiança, questão de companheirismo. Questão de tantas coisas!
Coisas essas que muito mais facilmente acontecerão se formos ingênuos o suficiente de nos entregar a um alguém que julgamos único e importante.
Ah, mas você é tão medroso!
Tive aqueles namorados, um dia, eu os amei muito. Eu os amei pra sempre naquela época. Queria tê-los sempre comigo... sempre. Importantes, únicos. Marcas da minha vida ontem, hoje e até o fim.
Não mantemos mais contato e foi simplesmente pelas coisas da vida. Mudança de casa, mudança de pensamento, mudança de interesses. Coisas essas que teriam acontecido se eu tivesse os amado eternamente ou se nunca tivesse realmente me envolvido com eles. Se fossem apenas meus amigos, teria acontecido o mesmo.
E pra quê, né?
optar então pela intensidade...?
porque é bom. (:
porque te enche de humanidade. (:
e porque te ensina a aceitar do outro o melhor que ele tem a oferecer
e te ensina a entregar ao outro o melhor que você possui.
porque é bom.
amor não precisa de justificativa, amor se justifica por si mesmo.
e pronto.
sábado, 21 de maio de 2011
Água-viva
" E eis que, em breve, nos separaremos...
Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia.
E agora sei: eu sou só.
Eu e minha liberdade que não sei usar.
Mas eu assumo a minha solidão.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa.
Guardo seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.
[...]
E eis que depois de uma tarde de "quem sou eu" e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero - eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei.Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação.
Simplesmente eu sou eu. E você é você.
É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um 'isto' . Não vai parar: continua.
Olha pra mim e me ama. Não: tu olhas pra ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada. "
C.L.
Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia.
E agora sei: eu sou só.
Eu e minha liberdade que não sei usar.
Mas eu assumo a minha solidão.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa.
Guardo seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.
[...]
E eis que depois de uma tarde de "quem sou eu" e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero - eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei.Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação.
Simplesmente eu sou eu. E você é você.
É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um 'isto' . Não vai parar: continua.
Olha pra mim e me ama. Não: tu olhas pra ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada. "
C.L.
Venho morrendo, eu, morro.
" mas eu não sou triste assim... é que hoje eu estou cansada. "
" - Geralmente fala-se do amor, não é? e abafa-se o Ódio. Mas naquilo d'ela existe tão intensamente o amor quanto o Ódio. Duas coisas ao mesmo tempo.
E esse traço de personalidade marcado por essa oposição, por vezes até antitética, é marca da personalidade dela também. "
" - Ela vivia tão intensamente a arte que fazia, que acabou se ficcionando. Ela também tornou-se personagem. "
Em um de seus últimos dias de vida, no seu leito do hospital, Ela teve uma espécie de ataque de vertigem. Talvez falhasse o coração, ou talvez ele apenas se empolgasse demais, sinceramente não sei. Não me lembro bem.
Mas o que conta é isto: teve um ataque de morte, daqueles que fazem a vertigem saltar ao chapéu da cabeça e pesar no pescoço, nos joelhos e principalmente na Vontade. Levantou-se em desespero e foi caminhando sôfregamente até a porta. Não sabia onde iria, mas sabia que devia ir pra algum lugar terminar o que começara.
Mas infelizmente pra mim, pra ela e pra você, a enfermeira apareceu.
Sim, uma enfermeira, interrompendo todo o Grande Plano.
- Volta pra sua cama, Clarice. Onde é que você pensa que vai?
Ela, frenética e aborrecida, gritou:
- MAS VOCÊ ACABOU COM TODO O MEU PERSONAGEM!
.
.
.
( ponto sobre ponto / colecionando instantes-já )
Amém.
Tem gente que existe mesmo em outro plano...
e dói.
.
mas pra essa gente, doer é que é estar vivo.
e pra essa gente, viver é realmente ser e estar. Existe-se acima de tudo, meu amor.
Quando o mundo é mundo, e belo, e amado... Nossa!
que vontade de ter um milhão de vidas pra viver as mesmas coisas novamente!
amar as mesmas risadas, colecionar as mesmas amizades, os mesmos momentos, os mesmo lugares.
essa gente, quando ama, vive. Mas não só vive de existir sem fé, Vive-se acima de tudo.
Só que dói, tem preço. É como viver em mutum.
sempre entre morros e vales e por ora no t granítico. ciclo eterno. reverberação.
.
Um dia amei tanto a vida que cheguei ao ponto de me perguntar:
" - Como pode uma pessoa ter tanto desespero dentro de si pra ser capaz de acabar com a própria vida? Deus, acho que o que eu mais temo é a morte. Como pode uma pessoa inteirinha decidir e reclamar por deixar de existir? "
Hoje, eu penso:
" - E pra que serve viver? As mesmas situações de sempre, momentos de sempre, decepções de sempre. Deus, sou medrosa demais pra tirar minha vida. Sou fraca e tenho medo da dor. Não poderia você fazê-lo por mim?
Fico imaginando o dia da minha morte. Quem estaria lá? Você sabe, Deus? Eu não sei, mas eu gosto de imaginar. Estar se despedindo de alguém é sofrer pela vida que poderia ter sido e não foi, a vida que cada um poderia ter tido e não teve. Sabe, eu poderia ter estado lá com todos eles se não tivesse morrido. Sinto falta de você, mas não sei quem você é. Quem é você, pode me dizer? E eu consigo te escutar daqui? Vai me prometer que estará lá, no dia da minha morte? E teria coragem de assinar um contrato? Deus, eu morro de medo de contratos. Evito todos. Mas tem sempre aquelas gentes que me fazem ser ingênua o suficiente pra assinar contratos, e é bom.
Adoro conhecer aqueles que me fazem ser ingênua o suficiente pra acreditar nas coisas. Menos você. Você me faz mal demais, meu amor. Você foi mordido por um anjo, e agora me morde também. só que minha carne já ressecou tanto, amoleceu tanto, pendeu tanto... que nem sinto mais o choque nos nervos. Eu sinto só o som seco do dente batendo no osso, e só.
Seco, seco demais. Cansada demais, acima de tudo.
Sem carne, saúde, vontade.
Metálico, apenas.
Esperando a morte apenas, e quase desejando que você esteja lá.
Mas, honestamente, não tenho motivação nem pra isso.
Estou morrendo, amor, estou morrendo aos poucos.
Já não subo, já não caio. Apenas fico e espero. Fecho os olhos, aperto a palma.
Caio e morro.
Morro.
Morro.
M . "
Estou a ponto de voluntariamente rolar todas as minhas mil cabeças.
Medusa, me usa.
Sou objeto, não sou pessoa.
ah, é que hoje eu estou cansada...
geralmente não sou tão triste assim.
É que hoje estou cansada...
" - Geralmente fala-se do amor, não é? e abafa-se o Ódio. Mas naquilo d'ela existe tão intensamente o amor quanto o Ódio. Duas coisas ao mesmo tempo.
E esse traço de personalidade marcado por essa oposição, por vezes até antitética, é marca da personalidade dela também. "
" - Ela vivia tão intensamente a arte que fazia, que acabou se ficcionando. Ela também tornou-se personagem. "
Em um de seus últimos dias de vida, no seu leito do hospital, Ela teve uma espécie de ataque de vertigem. Talvez falhasse o coração, ou talvez ele apenas se empolgasse demais, sinceramente não sei. Não me lembro bem.
Mas o que conta é isto: teve um ataque de morte, daqueles que fazem a vertigem saltar ao chapéu da cabeça e pesar no pescoço, nos joelhos e principalmente na Vontade. Levantou-se em desespero e foi caminhando sôfregamente até a porta. Não sabia onde iria, mas sabia que devia ir pra algum lugar terminar o que começara.
Mas infelizmente pra mim, pra ela e pra você, a enfermeira apareceu.
Sim, uma enfermeira, interrompendo todo o Grande Plano.
- Volta pra sua cama, Clarice. Onde é que você pensa que vai?
Ela, frenética e aborrecida, gritou:
- MAS VOCÊ ACABOU COM TODO O MEU PERSONAGEM!
.
.
.
( ponto sobre ponto / colecionando instantes-já )
Amém.
Tem gente que existe mesmo em outro plano...
e dói.
.
mas pra essa gente, doer é que é estar vivo.
e pra essa gente, viver é realmente ser e estar. Existe-se acima de tudo, meu amor.
Quando o mundo é mundo, e belo, e amado... Nossa!
que vontade de ter um milhão de vidas pra viver as mesmas coisas novamente!
amar as mesmas risadas, colecionar as mesmas amizades, os mesmos momentos, os mesmo lugares.
essa gente, quando ama, vive. Mas não só vive de existir sem fé, Vive-se acima de tudo.
Só que dói, tem preço. É como viver em mutum.
sempre entre morros e vales e por ora no t granítico. ciclo eterno. reverberação.
.
Um dia amei tanto a vida que cheguei ao ponto de me perguntar:
" - Como pode uma pessoa ter tanto desespero dentro de si pra ser capaz de acabar com a própria vida? Deus, acho que o que eu mais temo é a morte. Como pode uma pessoa inteirinha decidir e reclamar por deixar de existir? "
Hoje, eu penso:
" - E pra que serve viver? As mesmas situações de sempre, momentos de sempre, decepções de sempre. Deus, sou medrosa demais pra tirar minha vida. Sou fraca e tenho medo da dor. Não poderia você fazê-lo por mim?
Fico imaginando o dia da minha morte. Quem estaria lá? Você sabe, Deus? Eu não sei, mas eu gosto de imaginar. Estar se despedindo de alguém é sofrer pela vida que poderia ter sido e não foi, a vida que cada um poderia ter tido e não teve. Sabe, eu poderia ter estado lá com todos eles se não tivesse morrido. Sinto falta de você, mas não sei quem você é. Quem é você, pode me dizer? E eu consigo te escutar daqui? Vai me prometer que estará lá, no dia da minha morte? E teria coragem de assinar um contrato? Deus, eu morro de medo de contratos. Evito todos. Mas tem sempre aquelas gentes que me fazem ser ingênua o suficiente pra assinar contratos, e é bom.
Adoro conhecer aqueles que me fazem ser ingênua o suficiente pra acreditar nas coisas. Menos você. Você me faz mal demais, meu amor. Você foi mordido por um anjo, e agora me morde também. só que minha carne já ressecou tanto, amoleceu tanto, pendeu tanto... que nem sinto mais o choque nos nervos. Eu sinto só o som seco do dente batendo no osso, e só.
Seco, seco demais. Cansada demais, acima de tudo.
Sem carne, saúde, vontade.
Metálico, apenas.
Esperando a morte apenas, e quase desejando que você esteja lá.
Mas, honestamente, não tenho motivação nem pra isso.
Estou morrendo, amor, estou morrendo aos poucos.
Já não subo, já não caio. Apenas fico e espero. Fecho os olhos, aperto a palma.
Caio e morro.
Morro.
Morro.
M . "
Estou a ponto de voluntariamente rolar todas as minhas mil cabeças.
Medusa, me usa.
Sou objeto, não sou pessoa.
ah, é que hoje eu estou cansada...
geralmente não sou tão triste assim.
É que hoje estou cansada...
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Minha paz que paz que dá assim
paz, pais, país, par, pariu
pátria que me pariu!
é, sou eu erguendo minha bandeira...
Amor, eu escrevi.
então pensei bem, repensei e vi que não era bem isso que eu queria...
pensei, pensei...
- Já sei!
HUMANIZAÇÃO, eu escrevi.
isso!
ser gente humana!
mais gente do que muita gente por aí...
mais gente do que muita pessoa poracá...
humanizando-se mutuamente.
mutum.
morro, vale, t granítico,vale, morro.
ete, com t.
éternamente!
pátria que me pariu!
é, sou eu erguendo minha bandeira...
Amor, eu escrevi.
então pensei bem, repensei e vi que não era bem isso que eu queria...
pensei, pensei...
- Já sei!
HUMANIZAÇÃO, eu escrevi.
isso!
ser gente humana!
mais gente do que muita gente por aí...
mais gente do que muita pessoa poracá...
humanizando-se mutuamente.
mutum.
morro, vale, t granítico,vale, morro.
ete, com t.
éternamente!
terça-feira, 17 de maio de 2011
Haverá paradeiro, paraíso
' Mas é claro que o Sol vai voltar amanhã
mais uma vez, Eu Sei!
Escuridão já vi pior...
de endoidecer gente sã...
Espera que o Sol já vem! '
Confie em si mesmo.
Quem acredita sempre alcança.
mais uma vez, Eu Sei!
Escuridão já vi pior...
de endoidecer gente sã...
Espera que o Sol já vem! '
Confie em si mesmo.
Quem acredita sempre alcança.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Pedra, não quero mais cantar contigo.
" Eu sempre achei que o Amor, que o Grande Amor, fosse incondicional. Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas... se for um Grande Amor ele voltará triunfal... Sempre!
Mas não. Nenhum Amor é incondicional. Então acreditar na incondicionalidade do amor é decididamente precipitar o fim do Amor. Porque você acha que esse Amor aguenta tudo, então, de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse Amor passar por tudo.
Mas um amor não aguenta tudo!
Nada nessa vida é assim!
Então você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece!
Um Grande Amor não é possível, talvez por isso seja grande.
Então, assim, nele, obrigatoriamente pode caber também o impossível. Mas quem acredita? Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente? Como a um Deus... Incondicionalmente."
Michel Melamed.
que coisa, ultimamente só ando com vontade de falar sobre Amor rs
Mas não. Nenhum Amor é incondicional. Então acreditar na incondicionalidade do amor é decididamente precipitar o fim do Amor. Porque você acha que esse Amor aguenta tudo, então, de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse Amor passar por tudo.
Mas um amor não aguenta tudo!
Nada nessa vida é assim!
Então você fala que esse amor não tem fim, para que o fim então comece!
Um Grande Amor não é possível, talvez por isso seja grande.
Então, assim, nele, obrigatoriamente pode caber também o impossível. Mas quem acredita? Quem acredita no impossível, que não apaixonadamente? Como a um Deus... Incondicionalmente."
Michel Melamed.
que coisa, ultimamente só ando com vontade de falar sobre Amor rs
domingo, 15 de maio de 2011
sueños
" Para que el lugar de la Utopia, que, por definición, está en 'Ninguna Parte', esté en alguna parte...' - Acta de Nacimiento de la Escuela Internacional de Cine y Televisión
Ah, mas eu conheço um outro lugar onde a Utopia existe.
E vivi os melhores anos da minha vida nesse lugar...
Ah, mas eu conheço um outro lugar onde a Utopia existe.
E vivi os melhores anos da minha vida nesse lugar...
Sobre a liberdade
- E seria Liberdade a capacidade de nunca prender-se a nada, comprometer-se com nada, deixar-se envolver por nada?
Pra mim, envolver-se com nada é não saber viver a vida.
Eu, que me envolvi com um milhão de amores, um milhão de projetos, um milhão de momentos absolutamente únicos. Todos dotados de enorme importância e todos dotados de vida própria, universo próprio. Eu, que amei e amo mais do que é permitido amar. Eu, que vivi cada pessoa ao máximo que pude, mais humanamente que pude, mais compreensivamente que pude. Eu, que sou anacrônica por ainda saber amar.
Todos nós, todos eu e vocês, que amaram e souberam ser amados. Anacrônicos!
Ana - crônicos ! rs
Minhas crônicas pessoais de vida... rs
Né Róds, roubando suas palavras:
' Tem gente que acha que é impossível, até.
Mas agente viveu isso.
Vive, aliás. '
Amor Livre é maravilhoso. O problema é quando não existe Amor, só existe Livre.
E aí não tem a menor graça. rs
Meus amores, do nosso relacionamento aberto poligâmico simultâneo e mútuo rs
Vocês mesmo, meus amores...
Um recado: saudade imensa dos abraços apertados, rolando na grama. rs
A vocês o meu Amor Eterno que pode não sobreviver até amanhã, mas isso não importa. Hoje, meu amor é absolutamente eterno.
Hoje, eu amo vocês pra sempre!
Minha motivação de sobreviver até as férias... rs
Amém.
Pra mim, envolver-se com nada é não saber viver a vida.
Eu, que me envolvi com um milhão de amores, um milhão de projetos, um milhão de momentos absolutamente únicos. Todos dotados de enorme importância e todos dotados de vida própria, universo próprio. Eu, que amei e amo mais do que é permitido amar. Eu, que vivi cada pessoa ao máximo que pude, mais humanamente que pude, mais compreensivamente que pude. Eu, que sou anacrônica por ainda saber amar.
Todos nós, todos eu e vocês, que amaram e souberam ser amados. Anacrônicos!
Ana - crônicos ! rs
Minhas crônicas pessoais de vida... rs
Né Róds, roubando suas palavras:
' Tem gente que acha que é impossível, até.
Mas agente viveu isso.
Vive, aliás. '
Amor Livre é maravilhoso. O problema é quando não existe Amor, só existe Livre.
E aí não tem a menor graça. rs
Meus amores, do nosso relacionamento aberto poligâmico simultâneo e mútuo rs
Vocês mesmo, meus amores...
Um recado: saudade imensa dos abraços apertados, rolando na grama. rs
A vocês o meu Amor Eterno que pode não sobreviver até amanhã, mas isso não importa. Hoje, meu amor é absolutamente eterno.
Hoje, eu amo vocês pra sempre!
Minha motivação de sobreviver até as férias... rs
Amém.
E inaugurou-se a morte!
Está dito:
- Inquietas sombras que aí vindes, sumam de vez! Des-existam! Que a janela foi aberta e agora só entra luz. Mesmo durante a noite, aqui está: Apenas luz!
Quem foi e deseja voltar, há de vir. Quem foi sem pensar em raíz, que suma.
Memória. Saudade. Memória.
Saudade gostosa, daquelas que aquecem o peito. Sem ser aquelas que fazem doer.
É que os momentos foram verdadeiros demais pra gente querer que se extendam. Já existiram plenamente dentro do que deveriam existir. Se começassem a se alongar demais, perderiam a sinceridade, a naturalidade. Então, saber finalizar as coisas é bom. Finalizar as coisas é bom.
É bom que as coisas saibam terminar do jeito certo: acabando-se voluntariamente. Aceitando que des-existir é parte também da existência. Existimos plenamente juntos. Agora existimos plenamente separados porque já fomos capazes de existir plenamente juntos.
Eu sou não só o que sou, mas tudo que já fui. Amém.
As coisas pequenas-grandes: máscaras de gesso, constelação de órion, bolacha com molho rosé, tomar chuva por amor, se lambuzar de creme de morango, jurar que vou te amar ao infinito e além mesmo sabendo que não vou amar, virar noites e noites de conversa, chocolate quente com bis, discutir anne rice,
passar 2h só encarando esses seus olhos azuis/ nada precisa ser dito, ouvir ele dizer ' - mas você tem uns olhos de buraco negro... ' e era o negro devorando o azul,
discutir o infinito, pacto rédy-happy, considerar alguém minha alma-gêmea siamesa, cantar ' eu preciso dizer que te amo' um milhão de vezes, a equipe azul ( não precisa nem dizer ), se admirar com a beleza de tudo o que existe, te reconhecer como gente humana. reconhecer a todos os meus amores como gente humana que são, e por isso capazes de ser meus amores.
Somos capazes de nós mesmo, pois somos além do que deveríamos poder ser.
Eu conheci vocês, me encantei por vocês, entrei em contato com aquilo que vocês são e os amei pra além da minha capacidade. Obrigada por terem permitido.
E hoje, essa é a única coisa absolutamente importante pra mim. Pode até ser egoísta, mas é também sincero. São esses os milhares de momentos que realmente fazem parte de mim. Por isso, fiz questão que cada lembrança fizésse referência a um amor diferente. Porque me constituem como a uma colcha de retalhos.
Que alívio! sou e fui uma pessoa de muitos amores...
Que alívio... ainda não empedreci.
Hoje recebi uma mensagem absolutamente fantástica. Um amor que nunca mais havia visto me procurou, disse que quer manter contato com as pessoas que fazem parte da vida dele. Sim, mesmo depois de tanto tempo e mesmo tão longe, ainda fazemos parte da vida um do outro. O difícil é entender como pudemos perder contato por tanto tempo rs
É parte da nossa liberdade decidir sempre voltar.
Nem sempre, mas pelo menos às vezes. Só pra reaquecer o coração. E por quê?
Porque é bom demais da conta, sô.
Quenem aquele dia que você me disse
' - Bom demais da conta falar cocê.
- Pois é, já fazem quase 5 anos... '
Hoje, nasceu um milhão de sóis dentro de mim! (:
O único verdadeiro perigo é passar a vida sem ter vivido.
- Inquietas sombras que aí vindes, sumam de vez! Des-existam! Que a janela foi aberta e agora só entra luz. Mesmo durante a noite, aqui está: Apenas luz!
Quem foi e deseja voltar, há de vir. Quem foi sem pensar em raíz, que suma.
Memória. Saudade. Memória.
Saudade gostosa, daquelas que aquecem o peito. Sem ser aquelas que fazem doer.
É que os momentos foram verdadeiros demais pra gente querer que se extendam. Já existiram plenamente dentro do que deveriam existir. Se começassem a se alongar demais, perderiam a sinceridade, a naturalidade. Então, saber finalizar as coisas é bom. Finalizar as coisas é bom.
É bom que as coisas saibam terminar do jeito certo: acabando-se voluntariamente. Aceitando que des-existir é parte também da existência. Existimos plenamente juntos. Agora existimos plenamente separados porque já fomos capazes de existir plenamente juntos.
Eu sou não só o que sou, mas tudo que já fui. Amém.
As coisas pequenas-grandes: máscaras de gesso, constelação de órion, bolacha com molho rosé, tomar chuva por amor, se lambuzar de creme de morango, jurar que vou te amar ao infinito e além mesmo sabendo que não vou amar, virar noites e noites de conversa, chocolate quente com bis, discutir anne rice,
passar 2h só encarando esses seus olhos azuis/ nada precisa ser dito, ouvir ele dizer ' - mas você tem uns olhos de buraco negro... ' e era o negro devorando o azul,
discutir o infinito, pacto rédy-happy, considerar alguém minha alma-gêmea siamesa, cantar ' eu preciso dizer que te amo' um milhão de vezes, a equipe azul ( não precisa nem dizer ), se admirar com a beleza de tudo o que existe, te reconhecer como gente humana. reconhecer a todos os meus amores como gente humana que são, e por isso capazes de ser meus amores.
Somos capazes de nós mesmo, pois somos além do que deveríamos poder ser.
Eu conheci vocês, me encantei por vocês, entrei em contato com aquilo que vocês são e os amei pra além da minha capacidade. Obrigada por terem permitido.
E hoje, essa é a única coisa absolutamente importante pra mim. Pode até ser egoísta, mas é também sincero. São esses os milhares de momentos que realmente fazem parte de mim. Por isso, fiz questão que cada lembrança fizésse referência a um amor diferente. Porque me constituem como a uma colcha de retalhos.
Que alívio! sou e fui uma pessoa de muitos amores...
Que alívio... ainda não empedreci.
Hoje recebi uma mensagem absolutamente fantástica. Um amor que nunca mais havia visto me procurou, disse que quer manter contato com as pessoas que fazem parte da vida dele. Sim, mesmo depois de tanto tempo e mesmo tão longe, ainda fazemos parte da vida um do outro. O difícil é entender como pudemos perder contato por tanto tempo rs
É parte da nossa liberdade decidir sempre voltar.
Nem sempre, mas pelo menos às vezes. Só pra reaquecer o coração. E por quê?
Porque é bom demais da conta, sô.
Quenem aquele dia que você me disse
' - Bom demais da conta falar cocê.
- Pois é, já fazem quase 5 anos... '
Hoje, nasceu um milhão de sóis dentro de mim! (:
O único verdadeiro perigo é passar a vida sem ter vivido.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Centrado, sentado, sem tato
- Ah, mas isso foi naquele tempo bão que agente já nem vê falar mais, sabe. Naquela época que ajuntava todo mundo só pra prosiá um bocadinho sobre a vida. As moças se arrumavam todas só pra ver homarada passar.Só que num era quenem hoje não, num tinha essa poca vergonha. Agente tinha amor, sabe. E quando se ajuntava um casal, todo mundo ia correndo pregunta o dia do casório. E em dia de festa, então? Nossa! Todo mundo rindo filiz da vida em torno do coreto, tomando sorvete, comendo cachorro-quente e pipoca. Tinha casal de namorado, mas tinha criança tameim, podia ter.
- Tardes de glória, hein, filha?
- Tempinho bão mesmo. É que agente acreditava em ser correto na vida, e vivia todo mundo ali mesmo, junto. Agente ajudava muito quarqué um de nóis ali que precisasse. Agente tinha amor mesmo, era isso. Agente procurava sempre ter.
- É, acho que o mundo anda meio doente... Tem fartura demais de tudo. Farta presença, farta carinho. E agente vai ficando farta de tanta farta assim. Vai murchano, sabe cumé? Quenem a frô de maracujá... que é a frô mais bela que há! Mas mesmo assim ainda murcha se num tivé cuidado...
- É memo, e agente anda sufocado de tanta fartura... Tão sufocado que nem se apercebeia. Eu vo é tenta sê do mais simples possívir, pra vê se descomplica um poco. Pra ver se descoisifica um bocadinho. Vô tentar me aproximar da calma da vida, é, isso memo.
- Acho que agente se afarto dessas complicação de fica pensando demais, né?
- Ah, mãe, por enquanto sim viu. Não de pensa, mas de querê questiona tudo tanto. Vai ver é milhor acredita um pouco em tudo que sempre me dissero. Mas só um bocado, enquanto me recupero dessas outras tentativa tanta de sair por aí querendo conhecer o que é proibido em tudo que é lugar... cansei de ser homem-diabo. Ainda volto a ser, mas vo volta a ser diferente. Eu quero é ser homem-diabo, homem-árvore, homem-ar, homem-relâmpago...
- Mulher samambaia ! haha
- haha, não não, mulher samambaia não!
Eu quero é ser real. E pra ser real eu tenho mais é que achar o diabo certo de dentro de mim. Por enquanto só achei o diabo que me faz mal... então deve de ta errado mesmo. Eu quero é ser homem-diabo e homem-deus. Homem-infinito é que eu já devo de sê, só que ainda tenho que descobri isso. E aí é que eu já num sei como fazê... me perdi, sabe? Pareço até meio invisivir, meio assombração. Toco tudo e num sinto mais nada... credo.
- Tardes de glória, hein, filha?
- Tempinho bão mesmo. É que agente acreditava em ser correto na vida, e vivia todo mundo ali mesmo, junto. Agente ajudava muito quarqué um de nóis ali que precisasse. Agente tinha amor mesmo, era isso. Agente procurava sempre ter.
- É, acho que o mundo anda meio doente... Tem fartura demais de tudo. Farta presença, farta carinho. E agente vai ficando farta de tanta farta assim. Vai murchano, sabe cumé? Quenem a frô de maracujá... que é a frô mais bela que há! Mas mesmo assim ainda murcha se num tivé cuidado...
- É memo, e agente anda sufocado de tanta fartura... Tão sufocado que nem se apercebeia. Eu vo é tenta sê do mais simples possívir, pra vê se descomplica um poco. Pra ver se descoisifica um bocadinho. Vô tentar me aproximar da calma da vida, é, isso memo.
- Acho que agente se afarto dessas complicação de fica pensando demais, né?
- Ah, mãe, por enquanto sim viu. Não de pensa, mas de querê questiona tudo tanto. Vai ver é milhor acredita um pouco em tudo que sempre me dissero. Mas só um bocado, enquanto me recupero dessas outras tentativa tanta de sair por aí querendo conhecer o que é proibido em tudo que é lugar... cansei de ser homem-diabo. Ainda volto a ser, mas vo volta a ser diferente. Eu quero é ser homem-diabo, homem-árvore, homem-ar, homem-relâmpago...
- Mulher samambaia ! haha
- haha, não não, mulher samambaia não!
Eu quero é ser real. E pra ser real eu tenho mais é que achar o diabo certo de dentro de mim. Por enquanto só achei o diabo que me faz mal... então deve de ta errado mesmo. Eu quero é ser homem-diabo e homem-deus. Homem-infinito é que eu já devo de sê, só que ainda tenho que descobri isso. E aí é que eu já num sei como fazê... me perdi, sabe? Pareço até meio invisivir, meio assombração. Toco tudo e num sinto mais nada... credo.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Agora era fatal
que o faz-de-conta terminasse assim.
Pra lá deste quintal, era uma noite que não tem mais fim.
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a me perguntar:
- Que é que a vida vai fazer de mim?
Pra lá deste quintal, era uma noite que não tem mais fim.
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a me perguntar:
- Que é que a vida vai fazer de mim?
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
acho que me perdi numa excursão que fiz pra lua.
zanguezangueando, cabreira, cadena, serena, morena.
zangueando, zangada, calada, muda, parada, corada.
zangando, mulata, lagarta, barata demais.
sem preço, apreço de fruta.
suculenta, escorregadia, melada e derretida.
sobre-vida: cubo de gelo ao sol.
busca do equilíbrio? ( térmico?)
não sei.
hoje morreu o sol de dentro de mim.
zangueando, zangada, calada, muda, parada, corada.
zangando, mulata, lagarta, barata demais.
sem preço, apreço de fruta.
suculenta, escorregadia, melada e derretida.
sobre-vida: cubo de gelo ao sol.
busca do equilíbrio? ( térmico?)
não sei.
hoje morreu o sol de dentro de mim.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
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